sexta-feira, 15 de abril de 2011

Beleza simbólica


O ser humano é um organismo complexo e misto. De forma incisiva, a presença do fator simbólico na constituição das sociedades, dominando os insintos e portanto o plano biológico, gerou um nicho (ecológico) simbólico-social onde há constante movimento, evolução, reciclagem, revisão e ondas de valores sociais que alteram profundamente os pontos principais que determinam os fundamentos da beleza humana. Além disso, as diversas fontes de sua acepção fazem com que ela seja o resultado de uma sobredeterminação, excluindo assim a possibilidade de qualquer tentativa de isolamento de sua realidade absolutamente singular e múltipla.
Enquanto para os animais a beleza está relacionada a impulsos nervosos primários, para os seres humanos esta abordagem seria absurda. Há transformação e desdobramentos dos critérios a respeito do belo em toda a história da humanidade, trazendo muitas vezes elementos cômicos (as gordinhas da renascença e a Vênus de Willendorfpor exemplo... ou as anoréxicas contemporâneas, nem tão cômicas assim...) que comprovam a subordinação de todos os conceitos de beleza às sociedades que os geram, variando temporalmente, racialmente, socialmente (também economicamente...) e geograficamente. E muitos outros entes que a determinam assim, volátil e instável para o critério humano.

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