sábado, 16 de abril de 2011

Celebridade instantânea


A expressão celebridade instantânea refere-se geralmente a uma pessoa anônima que ganha certa notoriedade de maneira repentina, por vezes devido a algum escândalo, programa televisivo ou algum fato de grande cobertura na mídia, como o caso dos fenômenos da Internet[1]. Como a fama vem de maneira repentina, tais celebridades têm dificuldade de se manter na mídia durante muito tempo, muitas vezes voltando ao anonimato da mesma maneira que saíram dele[2][3].
Apesar de ser algo típico do fim do século XX e começo do XXI, o fenômeno em questão foi profetizado por uma frase de Andy Warhol, que na década de 1960 começou a pintar produtos norte-americanos famosos, como latas da sopa Campbell's e garrafas de Coca-Cola, ou ícones de popularidade, como Marilyn Monroe. Disse ele: "um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama" ao comentar obras próprias baseadas em acidentes automobilísticos, em especial o de uma ambulância[4].
O filme Chicago vencedor do Oscar de melhor filme em 2003, explora o conceito de celebridade instantânea através da personagem principal Roxie Hart, interpretada por Renée Zellweger[5]. Roxie ganha fama na mídia local, mas não por seus méritos, e sim pelo fato de ter assassinado o amante a sangue-frio. Em vários momentos do filme, essa personagem prova-se disposta a fazer qualquer coisa para que seja reconhecida. Em uma cena muito lembrada, Roxie finge estar grávida apenas para não ver seu espaço diminuído na mídia. Graças à sua presença constante na mídia, Roxie consegue realizar o sonho de construir uma carreira no mundo da música. A história do filme se passa na década de 1920, mas se assemelha muito a casos recentes que foram explorados incessantemente pela mídia (como o suposto assassinato de Nicole Brown por seu marido O. J. Simpson e a batalha judicial deixada com a morte de Anna Nicole Smith - este último caso foi mais noticiado pela FOX News do que a Guerra do Iraque).
Antes de Chicago, porém, o tema já havia sido levantado em Hollywood, no filme "O Rei da Comédia", de Martin Scorsese. A despeito do título, e da presença de Jerry Lewis, além de Robert de Niro, o filme, longe de ser para rir, é um drama, que propõe uma reflexão sobre a relação do público com seus ídolos e a necessidade pessoal de reconhecimento[6].
Desde 2002, após a criação do Big Brother Brasil, seus participantes se tornam grandes celebridades instantâneas e conquistam fãs por todo o país. Porém, após apenas alguns meses do fim do reality show, praticamente todos eles somem da mídia

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